Um levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating revela que o Brasil deve figurar entre os 10 países com as maiores taxas de desemprego do mundo. Atualmente, o país está com 11,2% de taxa de desemprego e aprojeção é de, até o fim de 2022, chegar a 13,7%. O estudo é realizado com base nos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ainda de acordo com a Austin, o Brasil, entre os países do G20, é o maior percentual de desocupação, atrás apenas da África do Sul. A projeção da taxa de desempreto é baseada nos últimos anos, quando o Brasil chegou a atingir 13,8%, durante a pandemia, maior índice desde 2016, acima dos dois dígitos.
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Renda
Um levantamento produzido em parceria por pesquisadores da PUC-RS, do Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE revelou que a renda domiciliar per capita do trabalho nas regiões metropolitanas brasileiras caiu pelo segundo trimestre seguido e atingiu R$ 1.378 no final de 2021, o pior nível em 10 anos.
De acordo com o estudo, a renda média domiciliar per capita ao final do ano de 2021 ainda era 10,2% menor do que o patamar pré-pandemia. No 1º trimestre de 2020, estava em R$ 1.535 em termos reais. Na máxima da série histórica, chegou a R$ 1.568. “Estamos chegando a um nível de desigualdade que é similar aquele anterior à pandemia, mas numa sociedade mais empobrecida, com uma renda média bem mais baixa. Está todo mundo mais pobre.”, resume Andre Salata, pesquisador da PUC-RS e coordenador do estudo.
No início da pandemia, os 40% mais pobres chegaram a perder quase um terço (32%) da renda proveniente do trabalho, enquanto que o rendimento médio dos 10% mais ricos recuou apenas 2,5%. Com a reabertura praticamente total da economia e fim das medidas restritivas, o movimento se inverteu. “Com a vacinação e a possibilidade da retomada da atividade econômica, a renda dos mais pobres, que tinha despencado e ido parar no fundo do poço, começa a se recuperar, ainda que lentamente. Enquanto isso, a renda dos mais ricos começa a ter uma queda mais clara.”, afirma Salata.
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