Em sua estreia no Lollapalooza Brasil a cantora Jup do Bairro chegou com suas músicas sobre a vivência de mulher trans e negra na periferia de São Paulo. No palco, Jup se emocionou e chorou durante a canção “Luta por mim”. A artista recebeu apoio de seu backing vocal, que se aproximou e segurou a sua mão enquanto cantavam. A canção também contou com a participação do rapper Mulambo, que lançou versos contundentes como “mais um corpo preto no chão e não muda porra nenhuma”. Ao fim da música, todos cantaram juntos “eu não vou morrer!”.
Durante o show muitos, muitas e muites se emocionaram com a potência de Jup, que mistura bases não convencionais de rap, eletrônica e funk para mandar o seu recado. A atendente publicitária, Flora Matheusa, de 23 anos, se sentiu representada ao ver a cantora no palco: “Ela é a única atração trans preta desse festival. Isso é muito representativo, ter ela aqui é abrir porta para pessoas como nós”, disse a jovem moradora de Guarulhos.
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Ao lado de Jup do Bairro no palco estava, acompanhada de sua guitarra, Badsista, uma talentosa produtora musical, que também trabalha com a Linn da Quebrada, amiga e parceira musical de Jup.
No final do show, Jup vestiu uma camiseta com estampa de “Hannah Montanna do Bairro” em homenagem a Miley Cyrus, atração principal da noite deste sábado (26), segundo dia de Lollapalooza.
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