Imigrantes negros que moram na Ucrânia estão sofrendo discriminação por parte das Forças Armadas do país e da Polônia, para onde grande parte dos refugiados da guerra contra a Rússia estão fugindo. Nas redes sociais e na comunicação social internacional, têm surgido cada vez mais relatos da complexa peregrinação de pessoas negras para escapar da invasão russa na Ucrânia e que denunciam racismo por parte da polícia e exército nacionais. As informações são do portal Diário do Centro do Mundo.
“Algumas pessoas tentaram entrar nos autocarros mas basicamente não permitem que negros entrem. Estão a dar prioridades aos ucranianos. É o que dizem”, disse uma cidadã britânica de ascendência africana ao site Business Insider.
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Pelo Twitter, a jornalista Nathália Urban, comentarista da TV 247, disse que “as redes sociais estão inundadas de relatos e vídeos de imigrantes africanos na Ucrânia sofrendo discriminação ao tentarem deixar o país”, e destacou: “agora estamos vendo as reclamações de brasileiros que enfrentam problemas semelhantes“. Jogadores brasileiros do Zorya (Guilherme Smith, Cristian Fagundes, Juninho, a esposa dele, Vitória Magalhães e o filho Benjamim, 4 anos) caminharam quase 10 horas a pé entre Lviv, no oeste do Ucrânia, e a fronteira, mas não conseguiram passar para o território polonês.
A jornalista Stephanie Hegarty, da BBC, publicou uma série de tweets que explicam a provação dos estudantes. “Uma estudante nigeriana de Medicina, na fronteira da Polónia/Ucrânia (Medyka-Shehyni) disse-me que está à espera há sete horas para passar, ela diz que os guardas estão a travar as pessoas negras e a enviá-las de volta para o fim da fila, dizendo que têm de deixar passar os ‘ucranianos” primeiro”, escreveu.
Ainda de acordo com Hegarty, as forças polonesas negam discriminação: “o porta-voz da força de fronteira polonesa me disse que a Polônia está permitindo que qualquer pessoa que chegue à fronteira da Ucrânia entre na Polônia“.
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