Principalmente durante o ano de 2021, o presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveu várias motociatas em seu apoio em algumas cidades do país, mas esses movimentos geraram um custo em torno de R$ 5 milhões aos cofres públicos. É o que mostra o levantamento realizado pela Folha de São Paulo, a partir de 50 pedidos de informações via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Os números são somatórios de despesas com o cartão de pagamentos do governo federal, além dos gastos custeados pelo Estado, como segurança da população e da comitiva que acompanha o presidente nos eventos, segundo informações da Secretaria-Geral da Presidência. E o cálculo pode ser ainda maior, uma vez que a motociata realizada no dia 6 de novembro, no Paraná, não foi consta nos dados da Presidência.
Ao todo, foram 13 motociatas em quase todas as regiões do país. A primeira delas foi realizada em Brasília, no dia 9 de janeiro, em pleno pico pandêmico da Covid-19. Posteriormente, foram realizadas também nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.
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As motociatas serviram de palanque para o presidente e seus apoiadores mais radicais, assim como o próprio presidente, usaram os eventos para atacar as eleições, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o sistema democrático de direito.
Os gastos da comitiva presidencial estão sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) após um pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal. “O TCU faz uma auditoria nos gastos e emite um parecer sobre as contas do presidente, que por sua vez são julgadas pelo Congresso”, explica André Rosilho, especialista em direito administrativo e coordenador do Observatório do TCU da Fundação Getúlio Vargas (FGV), à Folha de São Paulo.
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