Nesta sexta-feira, completa-se um ano da morte João Alberto Freitas, o Beto, de 40 anos, espancado e assassinado por dois seguranças brancos no estacionamento da unidade do Supermercado Carrefour, no bairro Passo D’Areia, em Porto Alegre, às vésperas do Dia da Consciência Negra.
O crime foi registrado em vídeo por testemunhas e as imagens choraram todo o mundo pela brutalidade. Na ocasião, Beto morreu na frente da sua esposa, Milena Alves. Seis pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação no homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa de Beto.
Magno Braz Borges, de 30 anos, Giovani Gaspar da Silva, de 24 anos, os dois seguranças que agrediram Beto, estão presos. Adriana Alves Dutra, funcionária que tenta impedir gravação de imagens no momento das agressões, está em prisão domiciliar. Paulo Francisco da Silva, funcionário da empresa de segurança Vector, e Kleiton Silva Santos e Rafael Rezende, funcionários do supermercado, respondem em liberdade
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Resposta do Carrefour
Após a morte de Beto Freitas, o Carrefour fechou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e previu o pagamento de R$ 115 milhões em ações antirracistas. Na ocasião, a rede disse ainda que os familiares das vítimas foram indenizados. Além disso, os funcionários passariam por um treinamento e um setor destinado a reclamações seria criado para o público. A rede naquele período também informou que era um compromisso da empresa também aumentar o quadro de funcionários negros.