A morte da jovem Kathlen Romeu, 24 anos, baleada por um tiro de fuzil no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro, completa 100 dias nesta quinta-feira (16) e a investigação ainda não foi concluída. No dia 14 de julho a Polícia Civil realizou uma reconstituição do crime, o prazo de dois meses para entrega do resultado do laudo venceu e não foi apresentada conclusão.
Kathlen, que estava grávida de quatro meses quando foi morta, foi visitar a família na comunidade Complexo do Lins e se deparou com uma operação policial no local. A reconstituição pode esclarecer de onde veio o tiro de fuzil que acertou o tórax da decoradora de interiores e se ocorreu ou não alterações na cena do crime.
O caso que gerou grande comoção e revolta nas redes sociais, aconteceu em 08 de junho deste ano. Kathlen morava com seu namorado e tinha mudado do bairro justamente devido ao índice de violência no local.
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Ao portal G1, a mãe de Kathlen Romeu, Jaqueline Oliveira, questionou onde está o laudo e o resultado:
Esse laudo é conclusivo. Minha filha só tinha 24 anos, ela tinha toda uma vida pela frente. Todo um caminho. Minha filha tinha saúde, mas foi abatida igual um bicho. Minha filha foi assassinada como se fosse um bandido e sem direito de se defender”. Jaqueline Oliveira, mãe de Kathlen
Ela segue pedindo justiça e diz que não vai esquecer ou deixar para lá, “já que minha filha não teve o direito a ser mãe, eu quero o direito à Justiça. Como não tem resposta? Como não tem justiça? O mundo pode esquecer, mas eu não vou esquecer e eu não vou deixar para lá”, finalizou.