Morreu às 10h45 desta quinta-feira (27) o cantor e compositor Nelson Sargento, aos 96 anos de idade. Após quadro de Covid-19, mesmo tendo sido vacinado com a 2ª dose em 26 de fevereiro, o sambista foi internado em 21 de maio no Instituto Nacional de Câncer (Inca), Rio de Janeiro, devido as complicações no quadro de saúde. Nelson também lutava contra o câncer de próstata.
Um dos maiores nomes da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, o compositor gerou cerca de 400 canções e 30 discos gravados. Sargento deixa uma das mais importantes contribuições para a música brasileira, a obra “Agoniza mas não morre”. O carioca também foi um multiartista, atuando como pesquisador, artista plástico, ator e escritor.
Ele nasceu em 25 de julho de 1924, na Praça 15 do Rio de Janeiro, com o nome de Nelson Mattos, mas foi apelidado de Sargento depois de sua passagem pelo Exército. Surgiu na música ainda na durante a sua adolescência, mas foi aos 31 anos que produziu sua primeira obra de sucesso. Em 1955, juntamente com Alfredo Português, compôs o samba-enredo considerado um dos mais belos de todos os tempos até hoje, chamado ‘Primavera’. O samba também ficou conhecido pelo título ‘As quatro estações’.
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Como escritor, produziu livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um certo Geraldo Pereira”. Já no cinema trabalhou nos filmes “O Primeiro Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu”, de Cacá Diegues, e “Nelson Sargento da Mangueira”, de Estêvão Pantoja, o qual deu a Nelson o prêmio Kikito, no Festival de Gramado, como melhor trilha sonora entre os curtos metragens.
Nelson deixa a família composta por Evonete Belizario Mattos, esposa, e os nove filhos, sendo eles: Fernando, José Geraldo, Marcos, Léo, Ricardo, Ronaldo, Rosemere, Rosemar e Rosana.
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