Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o questionário da amostra do Censo 2022 identificou a existência de mais de 34 mil pessoas com idades entre 10 e 14 anos vivendo em algum tipo de união conjugal no Brasil. A maior parte desse grupo é formada por meninas, que representam 77% do total.
O IBGE pontua que o levantamento é respondido pelos próprios moradores, sem exigência de apresentar documentação ou certidões. Por isso, o número reflete percepções individuais sobre o que cada família considera união.
Entre crianças e adolescentes nessa faixa etária que se consideram em união, 7% informaram casamento civil e religioso, 4,9% somente civil, 1,5% apenas religioso e 87% relataram algum outro tipo de relação consensual. Mesmo com o casamento civil proibido para menores de 16 anos, salvo exceções autorizadas pela Justiça, o instituto não verifica legalidade das situações declaradas.

O levantamento também detalhou recorte racial e por estados. Pessoas pardas somam 20.414 casos, seguidas por brancas (10.009), pretas (3.246), indígenas (483) e amarelas (51). São Paulo é o estado com maior número absoluto (4.722), já proporcionalmente o Amazonas aparece no topo, com 0,11% das uniões formadas por crianças e adolescentes dessa idade.
Na mesma divulgação, o IBGE apresentou dados sobre estrutura familiar. O número de pessoas morando sozinhas triplicou desde 2000, chegando a 13,6 milhões em 2022. Também houve aumento de brasileiros vivendo em união, passando de 49,5% em 2000 para 51,3% em 2022, enquanto o percentual de quem nunca viveu com parceiro caiu para 30,1%.
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