O comissário da NFL, Roger Goodell, veio a público defender a escolha de Bad Bunny como atração principal do Super Bowl 2026, após críticas de grupos conservadores ligados a Donald Trump. A decisão da liga em parceria com a Apple Music, anunciada em 28 de setembro, gerou polêmica, principalmente pelo fato de o cantor porto-riquenho se apresentar majoritariamente em espanhol. Goodell, no entanto, reforçou que a decisão foi cuidadosamente planejada.

“Foi uma escolha pensada com muito cuidado”, afirmou Goodell à AP. “Não me recordo de termos selecionado um artista sem que surgissem críticas ou reações negativas. É difícil agradar quando centenas de milhões de pessoas estão assistindo. Mas estamos confiantes de que será um espetáculo incrível. Bad Bunny compreende a plataforma em que estará, e acredito que será emocionante e um momento de união.”
O comissário também destacou a importância do artista: “Ele é um dos nomes mais relevantes e populares da música mundial. É exatamente isso que buscamos. Um palco como este é essencial para o entretenimento que oferecemos.”
Apesar das declarações de Goodell, Donald Trump criticou a apresentação do artista. Em entrevista à NewsMax, no início de outubro, o ex-presidente declarou que a escolha de Bad Bunny era “absolutamente ridícula”, mesmo sem conhecer pessoalmente o cantor. “Não sei quem ele é, não sei por que fizeram isso. É uma loucura”, disse Trump. “E depois responsabilizam algum promotor que contrataram para o entretenimento — acho totalmente ridículo.”
O ex-gerente de campanha de Trump, Corey Lewandowski, também se manifestou publicamente contra a presença de Bad Bunny, chegando a insinuar que agentes do ICE poderiam estar presentes no evento. Ele afirmou: “Não há lugar seguro para pessoas que estão ilegalmente no país, nem no Super Bowl, nem em nenhum outro lugar. Nós os encontraremos, os detemos e deportaremos. Essa é uma realidade sob esta administração, diferente do que costumava ser.”
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