Jones Manoel sofre nova ameaça de morte e ataques racistas de grupo neonazista

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O historiador e militante Jones Manoel foi alvo de uma nova série de ameaças de morte e ofensas racistas, praticadas por uma organização neonazista internacional, segundo denuncia do professor. Esta é a segunda investida do mesmo grupo, que havia feito contato inicial em agosto. Desta vez, a mensagem de extorsão, recebida no sábado (18), utilizou o e-mail de uma servidora do governo da Paraíba.

Apoiadores cobram solução do caso ao Ministério Público Federal, alguns lembram do caso de Felca que foi resolvido rapidamente. Segundo relato de Jones Manoel, os criminosos exigem o pagamento de R$ 250 mil via Pix e ampliaram as ameaças, que agora incluem também sua família. A mensagem citada por ele alerta: “Decidimos te dar uma segunda chance para livrar sua vida. Dessa vez é o mesmo valor da anterior. Se tiver retaliação igual à anterior, não vai ter próxima”.

Em relação ao apoio institucional, Jones Manoel informou que uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) entrou em contato na segunda-feira (20), afirmando que a ministra Macaé Evaristo estava ciente e preocupada com o caso. Contudo, a defesa do historiador enfrenta obstáculos. O Ministério Público Federal (MPF) teria entendido que a competência para investigar o caso não é federal, uma decisão considerada “inexplicável” por Jones, que contestou o posicionamento.

Jones é formado em história, é doutorando em serviço social, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

“O MDHC reafirma seu compromisso com a proteção dos direitos humanos, o enfrentamento ao racismo e à violência de ódio, bem como com a livre atuação de comunicadores, intelectuais e agentes culturais. Considerando que o caso ainda está sob apuração, o PPDDH mantém interlocução com as autoridades competentes e com as partes envolvidas, adotando as medidas cabíveis no âmbito de sua atuação para garantir a segurança e os direitos fundamentais do ameaçado”, diz parte da nota do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Jones Manoel também afirmou que não recebeu qualquer comunicação da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, estado onde reside. Apesar das ameaças, o professor afirmou que manterá sua agenda pública, mas está reforçando medidas de segurança.

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