Em mais de 30 cidades e capitais brasileiros foram as ruas em protesto contra projeto que prevê anistia aos condenados do 8 de janeiro e PEC que visa dificultar a abertura de processos criminais contra parlamentares
O domingo (21) foi agitado em diversas capitais e cidades do país, diversos brasileiros foram para as ruas para pedir a prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e seus aliados, condenados pelo STF por tentativa de golpe de estado e para promover um movimento contra a PEC da Blindagem que foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (16). Em Salvador, Brasileira e Belo Horizonte os protestos aconteceram de manhã, em João Pessoa, na Paraíba, em Recife e no Rio de Janeiro a movimentação deu ínicio às 14h.
Os manifestantes ecoavam gritos de “Sem anistia para golpista” e “Viva a democracia” enquanto seguravam placas com frases como “Congresso inimigo do povo“ e “PEC da Bandidagem“. O ato levou muitas pessoas para as ruas, de acordo com cálculos do Monitor do Debate Político no Meio Digital, que vinculado à Universidade de São Paulo, a capital paulista teve a presença de 43 mil pessoas no protesto e o Rio de Janeiro, 42 mil pessoas.

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O movimento na “Cidade Maravilhosa” contou com a participação de alguns artistas, os cantores Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Djavan, Ivan Lins, entre outros se apresentaram e apoiaram os movimentos. No Recife, a manifestação começou com o desfile do bloco de frevo Eu Acho é Pouco, uma das mais tradicionais orquestras do carnaval de Olinda e apresentação de grupos de maracatu.
O que é a PEC da Blindagem e a proposta da Anistia?
A PEC da Blindagem é uma proposta que visa estabelecer um aval do Legislativo em votação secreta para abertura de processos judiciais contra parlamentares e estender o foro privilegiado a presidentes de partido. Na prática a PEC da blindagem dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares.
A proposta de Anistia tem como objetivo conceder o perdão aos condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores, o que inclui o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que foi condenado por 27 anos e 3 meses.