Morte de gari: MP pede bloqueio de bens do casal

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Renê da Silva Nogueira Júnior confessou ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes, o caso ganhou repercussão pela frieza de Rêne, que após cometer o crime foi para a academia.

Na última segunda-feira (18), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu o bloqueio dos bens no valor de R$ 3 milhões de Renê da Silva Nogueira Júnior e da esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, com o objetivo de impedir que os bens do casal sejam desviados antes que os familiares do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, morto por Renê em Belo Horizonte, recebam a devida indenização.

A medida foi protocolada pela defesa de Laudemir e inclui o bloqueio de imóveis, veículos, ativos financeiros e participações societárias. O promotor do caso, Guilherme de Sá Meneghin, argumentou que a responsabilidade solidária do crime cabe ao casal, porque segundo ele Renê foi reconhecido por testemunhas como autor dos disparos e a arma utilizada era da esposa.

MPMG pediu o bloqueio dos bens de Renê da Silva Nogueira Júnior e da esposa dele, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.
Foto: reprodução redes sociais

Também na última segunda, Renê que se denomina nas redes sociais como ‘cristão e patriota’ confessou em depoimento ter atirado em Laudemir durante uma discussão de trânsito e informou que a esposa dele não tinha conhecimento de que ele estava com a arma dela e que foi a primeira vez que ele usou o armamento da cônjuge.

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O crime aconteceu no último dia 11, quando o empresário ameaçou a motorista do caminhão da limpeza urbana porque queria passar com o carro na rua onde o veículo estava parado. Laudemir e outros colegas de equipe foram defender a mulher, nesse momento o empresário atirou e atingiu o gari. O caso ganhou repercussão pela brutalidade e frieza de Renê, que foi para academia após o crime, onde foi preso.

O empresário pode responder pelos crimes de homícídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça, se condenado, a previsão é de até 30 anos de prisão.

Layla Silva

Layla Silva

Layla Silva é jornalista e mineira que vive no Rio de Janeiro. Experiência como podcaster, produtora de conteúdo e redação. Acredita no papel fundamental da mídia na desconstrução de estereótipos estruturais.

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