A Justiça do Rio de Janeiro marcou para esta terça-feira (05), uma audiência de conciliação entre o humorista Diogo Defante e a mãe do adolescente que aparece no vídeo que originou o meme “Valeu, Natalina”. O conteúdo viralizou nas redes sociais no fim de 2019.
O caso está sendo analisado pela 5ª Vara Cível de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e envolve a acusação de uso indevido da imagem de um menor de idade sem a devida autorização do responsável legal. A informação foi publicada pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
A família do adolescente ingressou com uma ação judicial pedindo indenização por danos morais e materiais. A alegação é de que a imagem do jovem foi utilizada de maneira comercial pelo humorista, sem que houvesse qualquer tipo de acordo ou compensação financeira para a criança ou seus responsáveis.
De acordo com a mãe do menino, o comediante teria se beneficiado da condição de vulnerabilidade em que ele se encontrava, já que vendia bala nas ruas, para produzir um conteúdo que gerou lucro, sem compartilhar os ganhos obtidos. A família também sustenta que a frase “Valeu, Natalina”, que se tornou bordão e viralizou na internet, foi uma criação espontânea do garoto. Para a mãe, isso teria sido decisivo para o sucesso do vídeo e teria contribuído para a projeção pública de Defante.

Além da indenização, os responsáveis pelo menor pedem que os valores arrecadados com a monetização do vídeo sejam transferidos ao adolescente.
O episódio que gerou o meme aconteceu durante uma gravação para o canal de Diogo Defante no YouTube. Na ocasião, o humorista abordou crianças que estavam na rua e solicitou que uma delas enviasse uma mensagem “natalina” para o público. O garoto, sem compreender exatamente o pedido, respondeu à câmera com a frase: “Valeu, Natalina”, como se estivesse se referindo a uma pessoa.
A simplicidade e espontaneidade da resposta chamou atenção nas redes, e o trecho rapidamente ganhou destaque, sendo amplamente compartilhado por internautas e até por celebridades. Desde então, a frase se consolidou como um dos bordões mais conhecidos da internet brasileira.
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