De acordo com uma pesquisa realizada pela Quaest, 72% dos brasileiros são contra o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil. A medida deve entrar em vigor no próximo dia 6 de agosto, visto que o mandatário americano anunciou o adiamento da data junto com uma lista de 700 itens que ficaram de fora da sanção, no entanto, alguns ítens críticos como o café e carne seguem correndo riscos.
O relatório da Quaest traçou um perfil dessas pessoas. Entre todos os grupos sociais, o estudo aponta que a maioria dos que se dizem favoráveis são homens que se identificaram alinhados com a ideologia da direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, representando 25% do total das respostas. Já entre as mulheres, o percentual chega a 14%. Ambos acreditam no tarifaço como uma retaliação em relação a uma suposta perseguição política a Bolsonaro por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Outro fator analisado durante a pesquisa, foi a renda familiar média entre os entrevistados. 25% dos que se dizem a favor das sanções de Trump, recebem 5 salários mínimos ou mais, seguido daqueles que ganham até dois salários, que representam 15%. A margem de erro para esse recorte chega a 4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em números gerais, no espectro político, bolsonaristas também são mais favoráveis às ações do governo Trump, com 42% enquanto aqueles que se condideram de direita, mas não alinhados a ideologia bolsonarista, representam 40%, o lado que se identifica com o presidente Lula ou ao Partido dos Trabalhadores (PT), chegam a 9% dos entrevistados, 10% do público favorável relata não ter posicionamento político definido. Nessa camada, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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