Criada em 1889 nos Estados Unidos, a marca de mistura para panquecas , xarope e outros alimentos para o café da manhã, Tia Jemima, vai mudar de nome. A Quaker Oats, conglomerado que abarca os produtos, anunciou que a partir de junho o produto será lançado com o nome e Pearl Milling Company, empresa fundada em 1888 que foi a criadora da “Aunt Jemima” e que a vendeu em 1925 para a atual detentora.
Com essa estratégia de marketing a marca pretende substituir o estereótipo racista que acompanhou a mercadoria por décadas.
O logotipo da marca, com mais de 130 anos, apresentava uma mulher negra com o nome de um personagem em shows de cantores brancos que se pintavam de preto do século XIX. O desenho é baseado em uma música de show de menestréis que apresentava rostos negros que usavam aventais e bandanas.
A mudança do nome e da logo após forte pressão popular e as consequentes cobranças contra a marca nos protestos pelo fim da discriminação racial, provocados pela morte de George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos, em maio de 2020.
Segundo a PepsiCo, empresa que adquiriu os direitos da Quaker Oats no ano 2000, nas próximas semanas, a marca Pearl Milling Company irá anunciar detalhes de um compromisso de US$ 1 milhão para apoiar meninas e mulheres negras.
“Estamos começando um novo dia com a Pearl Milling Company“, disse um porta-voz da PepsiCo. “Um novo dia enraizado no início histórico da marca e na sua missão de criar momentos importantes à mesa do café da manhã”.
Essa é a segunda linha de produtos da companhia a mudar de nome após acusações de racismo. A ” Uncle Ben’s “, marca de arroz para risoto, anunciou mudanças à medida que protestos contra o racismo estrutural estouraram nos Estados Unidos no ano passado, e agora passará a se chamar “Ben´s Original”.