De novo, só o nome. Em um ano marcado por inúmeras manifestações antirracistas, desencadeadas a partir do assassinato de George Floyd, uma antiga prática segue vigente: racismo camuflado de posição política. O NOVO foi o único partido a votar contra a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, aprovado na última quarta-feira (9) na Câmara dos Deputados. O texto, agora, segue para o Senado.
Nas redes sociais, o NOVO foi alvo de uma infinidade de críticas pelo posicionamento. Representado apenas por pessoas brancas no Congresso, o partido, no entanto, se defendeu.
“O estabelecimento de cotas na representação parlamentar, caso transformado em matéria constitucional, pode abrir brechas para que se garanta cotas de representatividade nos corpos parlamentares do país por via judicial. O NOVO é favorável à igualdade de oportunidades e defende que todos tenham acesso às urnas e possam concorrer pelo voto dos brasileiros em eleições livres, sem qualquer discriminação”, postou o partido, em sua conta oficial no Twitter.
No texto proposto pela Convenção, os países da Organização dos Estados Americanos se comprometem a prevenir, eliminar, proibir e punir qualquer ato racialmente discriminatório.