Lei que aumenta pena para crimes contra mulheres envolvendo o uso de IA é aprovada

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Nesta quinta-feira (24), o presidente Lula sancionou o Projeto de Lei (PL) nº 370/2024, que aumenta a pena de crimes de violência psicológica cometidos contra a mulher, que tenham usado inteligência artificial (IA), ou tecnologias que alterem imagem ou som da vítima.​ Além desse, o presidente sancionou outros dois projetos relacionados aos direitos das mulheres.

Um deles é o PL nº 5.427/2023, que institui o monitoramento de agressores de mulheres por meio de tornozeleiras eletrônicas, e o outro é o PL nº 475/2.024, que proíbe a discriminação de mulheres na concessão de bolsas acadêmicas.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Atualmente, a pena para crimes de violência psicológica contra mulher é de seis meses a dois anos de reclusão. Mas com a nova lei da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a pena pode aumentar em até 50% se tiver o uso de tecnologias, como as conhecidas deepfakes. No caso de divulgação de imagens de estupro, a pena vai de 2 para seis anos de prisão.

Segundo a ONU, aumentou em 96% o deep fake pornográfico, 900% de aumento das deep fakes de violência, e a mulher é maioria [de vítimas] nisso. Então, são agressões que mexem com a dignidade, com a reputação, com a autoestima, são, muitas vezes, deep fakes que humilham essas mulheres e que geram para elas situações incorrigíveis, muitas vezes, por um longo tempo”, afirmou a deputada, ao defender o PL.

Já o PL que permite o monitoramento dos agressores, de autoria do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), permite que ela aconteça durante aplicação de medida protetiva de urgência em casos de violência doméstica e familiar, alterando a Lei Maria da Penha.

No caso do projeto da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), também sancionado pelo presidente Lula, tem a intenção de evitar que mulheres tenham problema de permanecer e de reingressar no ambiente acadêmico por conta da gravidez, o que segundo a parlamentar, foi apontado por um estudo.

Leia também: Câmara dos Deputados aprova aumento da pena de injúria racial cometida contra idosos e mulheres

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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