Uso de celulares entre crianças de 6 a 8 anos cresce no Brasil, aponta estudo

O uso excessivo das telas acarreta uma série de problemas, entre eles: ansiedade, problemas na visão, dificuldade para dormir e afeta a interação social da criança.

O uso excessivo das telas acarreta uma série de problemas, entre eles: ansiedade, problemas na visão, dificuldade para dormir e afeta a interação social da criança.

Um estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) divulgado na última terça-feira (11), revela que 36% das crianças de 6 a 8 anos já possuem celular próprio no Brasil. A pesquisa foi realizada com base nos dados da TIC Domicílios e TIC Kids Online Brasil relativos ao período de 2015 a 2024, e constatou que o número de usuários de internet com idade de 6 a 8 anos subiu de 41% a 82%. 

No que se refere à posse do celular, a pesquisa identificou uma variação significativa entre o período anterior e posterior ao início da pandemia do Covid-19, apontando que no período pandêmico houve um aumento na posse de celulares por crianças. Em relação às condições econômicas, a análise destaca que crianças das classes DE possuem acesso relativamente menor em relação à posse de celulares em comparação às classes AB e C. 

O uso excessivo das telas acarreta uma série de problemas, entre eles: ansiedade, problemas na visão, dificuldade para dormir e afeta a interação social da criança.
O uso excessivo das telas acarreta uma série de problemas, entre eles: ansiedade, problemas na visão, dificuldade para dormir e afeta a interação social da criança /Fonte: Pexels

Com esse aumento, o impacto do uso de redes também se destaca. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informa que o tempo de tela recomendado para crianças de 6 a 10 anos é de 2 horas diárias, não podendo ultrapassar esse limite, isso inclui videogames e televisão.   

Diante desses dados, observamos que o acesso precoce desses usuários no ambiente virtual abre margem para uma série de preocupações, como por exemplo, exposição a conteúdos inapropriados, cyberbullying, aliciamento online entre outros perigos.

O estudo enfatiza a importância de temas como este tornarem-se parte das discussões públicas atuais, ao mesmo tempo que reforça sobre a importância em orientar os pais, educadores e formuladores de políticas públicas na elaboração de ações que promovam o uso saudável e moderado das tecnologias. 

Leia também: Uso de telas pode aumentar depressão em crianças, revela pesquisa

Maria Eugênia Melo

Maria Eugênia Melo

Nortista, de Palmas capital do Tocantins. Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins.

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