Embora tenha havido um crescimento de negros e mulheres concorrendo às prefeituras espalhadas pelo Brasil, o modus operandi das eleições se mantém: nas 95 maiores cidades do país, que concentram mais de 40% da população nacional, o perfil do candidato continua sendo homem branco. De acordo com dados da Justiça Eleitoral, 7 em cada 10 candidatos estão dentro desse padrão nas eleições de 2020.
Outro dado alarmante é que nem mesmo o Partido da Mulher Brasileira (PMB) as mulheres são maioria: 82% dos candidatos são homens, sendo 70%, brancos. Quanto à raça, a lista de candidaturas mostra que todos que concorrem às capitais da região Sul do país – Curitiba, Florianópolis e Santa Catarina – são brancos.
O Novo é o partido que lidera no quesito falta de diversidade. Das 23 candidaturas, 21 são de homens brancos – Juliana Benício, de Niterói/RJ, é a única mulher, e Professor Agliberto, autodeclarado pardo, concorre em São José dos Campos/SP. Dos 33 partidos políticos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas em oito há pelo menos 40% de candidaturas pretas. São eles: PSOL, PSTU, PC do B, PMN, Patriota, DC, PCB e UP.