Nesta quinta-feira de manhã (16), uma menina de 12 anos morreu baleada na comunidade do Buraco Quente, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Além de Nicole Morais da Silva, sua mãe também foi baleada, quando as duas iam juntas comprar um refrigerante para o almoço. Só no ano passado, 25 crianças e adolescentes foram mortos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo o Instituto Fogo Cruzado.
Segundo familiares das vítimas, policiais entraram na comunidade e ao se depararem com traficantes, atiraram contra eles. Nicole foi atingida no peito e morreu, e a mãe identificada como Cláudia Morais, foi baleada na perna.
As duas foram levadas a Unidade de Pronto Atendimento de Vilar dos Teles, também na Baixada, mas Cláudia será encaminhada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Segundo informações, a situação da menina é estável. Os familiares também afirmam que elas demoraram a serem socorridas.
O Notícia Preta em contato com a Polícia Militar do Rio de Janeiro sobre o caso, ainda não obteve resposta até a publicação desta nota.
De acordo também com dados do Instituto Fogo Cruzado, divulgados no início de novembro do ano passado, a Baixada Fluminese era a região com o maior número de crianças vítimas da violência armada no Grande Rio. Na época, das 18 baleadas naquele ano até então, 12 foram atingidas em cidades da Baixada.
Desde 2016, segundo os dados, 677 crianças e adolescentes foram vítimas de disparos de arma de fogo, sendo que dessas, 301 acabaram morrendo. Ou seja: a cada quatro dias uma criança ou adolesolescente é baleado. Além disso, 47,6% foram atingidos durante operações policiais, o equivalente a 286 pessoas.
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