Preço da carne aumenta 20,8% e tem maior alta em 5 anos

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Após uma queda de 9% em 2023, a carne chegou a subir 20,8% em 2024. Esta é a maior alta desde 2019, quando ainda antes da pandemia de Covid-19, o valor subiu 32,4%. O motivo para o aumento do preço está ligado a fatores climáticos como queimadas, e também fatores políticos e econômicos, como exportações e ciclo de abates que também fizeram a carne subir. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As secas e queimadas prejudicam o ambiente onde o gado se alimenta, assim como a alta procura por carne do exterior, já que o Brasil é um dos maiores exportadores do mundo. Ainda pesa a desaceleração do intenso ciclo de dois anos no qual se promoveu grandes abates de carne. Quando se abateu muito, aumentou o estoque e diminui o preço, ao abater menos e diminuir estoque o preço volta a subir.

O preço da carne voltou a subir, após uma queda de 9% em 2023 a carne chegou a subir 20,8% em 2024, esta é a maior alta desde 2019 – Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil.

As carnes populares com maior alta foram, acém (25,2%), patinho (24%) e contrafilé (20%). Devido a alta, as carnes são o grupo que mais ajudou a puxar a inflação de alimentos, com cerca de 0,52% em 2024. No geral todos os alimentos tiveram aumento.

Em 12 meses, a tendência para todos os produtos da cesta básica foi de elevação de preços, consequência da instabilidade climática, da demanda externa e do real desvalorizado em relação ao dólar.

Seis itens apresentaram alta nos preços em todas as capitais: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja. O pão francês e a manteiga encareceram na maior parte das localidades pesquisadas. O valor médio do açúcar – cristal e refinado – subiu em nove capitais e diminuiu em sete.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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