O preço da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) analisou em uma pesquisa nacional foi divulgada nesta quarta-feira (08). Foi constatado o aumento da carne bovina, além da tendência de aumento em todos os produtos da cesta básica. A subida dos alimentos faz com que consuma mais renda do trabalhador, chegando a custar 53,75% do salário mínimo.
As maiores elevações acumuladas, entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024, são em: João Pessoa (11,91%), Natal (11,02%), São Paulo (10,55%) e Campo Grande (10,41%). Entre novembro e dezembro de 2024, o valor da cesta subiu em 16 cidades, com destaque para Natal (4,01%), Aracaju (3,90%), Vitória (2,88%) e João Pessoa (2,72 %). A redução ocorreu em Campo Grande (-0,27%).
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, nota-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2024, 53,75% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 53,05%. Em dezembro de 2023, a média era de 53,59%.
Em dezembro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 7.067,68 ou 5,01 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.959,31 ou 4,93 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2023, ficou em
R$ 6.439,62, ou 4,88 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.320,00.
Em 12 meses, a tendência para todos os produtos da cesta básica foi de elevação de preços, consequência da instabilidade climática, da demanda externa e do real desvalorizado em relação ao dólar. Seis itens apresentaram alta nos preços em todas as capitais: carne bovina de primeira, leite integral, arroz agulhinha, café em pó, banana e óleo de soja. O pão francês e a manteiga encareceram na maior parte das localidades pesquisadas. O valor médio do açúcar – cristal e refinado – subiu em nove capitais e diminuiu em sete.
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