O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou em sua conta do Instagram nesta segunda-feira (09) que a deputada estadual, Macaé Evaristo (PT-MG) será a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, indicou no último domingo (08) os nomes da deputada estadual, Macaé Evaristo (PT-MG), da ex-ministra Nilma Lino Gomes e da deputada federal, Benedita da Silva (PT-RJ) ao presidente para assumirem o cargo de Silvio Almeida, exonerado do ministério.
“Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Assinarei em breve sua nomeação. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, disse Lula em postagem que aparece em foto com a nova ministra.
A deputada estadual Macaé Evaristo, de Minas Gerais, é professora desde os 19 anos, formada em serviço social é doutoranda em educação. Ela foi a primeira mulher negra a ocupar cargos da secretaria municipal de educação em 2005.
A reunião entre Gleisi e Lula foi dada em primeira mão em apuração da Globo News. A presidente sugeriu mais dois nomes de mulheres negras do partido além de Macaé para assumir a pasta, que por enquanto é comandada de forma interina pela ministra Esther Dweck, responsável pela pasta da Gestão e Inovação.
“É legítimo o PT apresentar nomes para uma pasta que já comandou em diversos governos”, disse Gleisi ao Blog da jornalista Ana Flor. Segundo a presidente do PT, as sugestões não são uma imposição.
Nilma Lino Gomes é ex líder do Ministério dos Direitos Humanos no governo Dilma Rousseff, ela é a primeira mulher negra a assumir cargo de reitora em uma universidade federal no Brasil. Benedita da Silva é quadro histórico do PT é das poucas que assumira o governo do Rio de Janeiro sem ter sido presa desde a redemocratização.
Desde a redemocratização, apenas quatro governadores do Rio de Janeiro não foram presos ou afastados do cargo, sendo três deles de partidos de esquerda: Leonel de Moura Brizola (PDT), Nilo Batista (PDT) e Benedita da Silva (PT), o quarto governador que fecha a lista é o falecido Marcello Alencar (PSDB).
A substituição ocorre porque, Silvio Almeida é acusado de assédio sexual. A existência das denúncias foi divulgada na quinta-feira (05) pelo portal “Metrópoles” e confirmada em nota pública pela ONG Mee Too, que combate a violência sexual. Na reportagem também foi apontado que algumas denúncias foram feitas, mas sem divulgação de nomes. Mas a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi apontada como uma das supostas vítimas. Silvio nega as acusações.
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