“Segundo pesquisadores, poderemos perder o Pantanal até o final do século”, diz ministra Marina sobre queimadas no Brasil

avioes-combate-prevfogo_mcamgo_abr_29062024-13.webp

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, voltou a se manifestar sobre as queimadas no Brasil. Nesta quarta-feira (04), segundo o G1, a ministra alertou em uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado, sobre os perigos da queimada para alguns dos biomas mais afetados, como o Pantanal.

Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada“, explicou Marina.

Incêndios no Panatanal /Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

Marina transpareceu preocupação com os efeitos da seca e das queimadas no país, não só na perda da begetação, mas também nos impactos em outras áreas do meio ambiente. A ministra também afirmou que os esforços do governo estão atuando para controlar a situação que afirmou ser totalmente desfavorável.

Mas a justiça entende que mais precisa ser feito, principalmente na Amazônia, um dos biomas mais afetados. O Supremo Tribunal Federal (STF) estipulou um prazo para o governo, órgãos e entidades federais apresentarem um plano de ação para prevenir e controlar o desmatamento na Amazônia. O prazo foi prorrogado até a próxima terça-feira (09).

Nos últimos 5 anos, 9% da vegetação do Pantanal podem ter sido degradados por incêndios, segundo estimativa da rede Mapbiomas. Além disso, as queimadas que acometeram o bioma entre junho e julho deste ano também estão sendo investigados pela Polícia Civil, segundo a ministra, como incêndios criminosos.

Marina já se manifestou a favor de aumentar a pena para grupos responsáveis por esse tipo de crime.

Leia também: Ministra Marina Silva defende que pena para grupos criminosos que coordenam incêndios seja maior

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

Deixe uma resposta

scroll to top