“Eu nunca vi isso na minha vida”: lutador de taekwondo é agredido em SP por estar abraçado com mulher branca

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O lutador da Seleção Brasileira de Taekwondo, Gabriel Campolina Santos, apelidado como “Mussum” no meio esportivo, foi agredido com uma voadora na última terça-feira (14), em uma estação da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Caetano do Sul (SP). O jovem atleta também foi alvo de ofensas racistas. Os ataques aconteceram pois Gabriel estava abraçado com uma mulher branca.

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Nas redes sociais, Gabriel agradeceu o apoio dos seguidores. “Eu estou bem. Não sofri nenhuma lesão. Apenas me defendi dos golpes que esse indivíduo tentou acertar em mim. Eu estou bem, estava com uma companheira de treino, esperando meus companheiros de treino no metrô. E eu nunca vi isso na minha vida”, disse ele através de um storie, em seu perfil no Instagram.

O atleta, que é faixa preta de taekwondo, estava sentado na escada da estação ao lado de uma amiga de treino quando levou um chute por trás do agressor, identificado como Matheus Cerqueira Santana, que foi preso em flagrante, e que teria justificado a ação dizendo que o lutador estava “abraçado com uma pessoa branca”.

Um vídeo que circula nas redes sociais, flagrou o momento em que o lutador e passageiros confrontam o homem sobre a atitude racista.

A Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) publicou uma nota em repúdio ao episódio de racismo.

“Expressamos nossa solidariedade ao atleta Gabriel Campolina dos Santos e reiteramos nosso compromisso em combater ativamente o racismo e todas as formas de discriminação. É dever de todos nós lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos possam viver livremente, sem medo de serem alvo de ódio e intolerância. Devemos agir firmemente para garantir que casos como este não se repitam, e que os culpados sejam responsabilizados conforme a lei”, diz um trecho da nota.

CBTKD publica nota de repúdio.

O Notícia Preta entrou em contato com a Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), para mais detalhes sobre o caso, mas até o fechamento da matéria, não obteve resposta.

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