Companhia de teatro disponibiliza vídeos sobre vida de João Cândido

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Candinho, o único filho vivo de João Cândido, e Graciana Valladares, atriz da Cia Cerne.- Crédito: Divulgação/Cia. Cerne 

Nos 50 anos da morte de João Cândido Felisberto, o marinheiro João Cândido, a Cia Cerne, companhia teatral do Rio de Janeiro, encenou o espetáculo “Turmalina 18-50”, sobre a vida do Almirante Negro, um dos líderes da Revolta da Chibata. A peça, que estreou em novembro de 2019, foi a conclusão do projeto homônimo que reuniu intelectuais, artistas e ativistas de direitos humanos para resgatar a memória de João Cândido. Nesse período de quarentena, a Cia Cerne disponibilizou todo esse material  — mesas de bate-papo e uma apresentação do espetáculo  — em seu canal do Youtube. Há ainda a entrevista com Adalberto Cândido, o Candinho, o único filho vivo de João Cândido. “Tínhamos como intuito buscar informações sobre o Almirante Negro que não constam nos livros de História, ir mais a fundo no homem João Cândido, na sua personalidade, nos seus gostos, na sua relação com a família, nos seus desejos, etc.”, explica Vinicius Baião, diretor da Cia Cerne.

Juliana França, atriz e professora de Filosofia, Gabriel Mendes, diretor teatral, e Rodrigo França, dramaturgo – Crédito: Divulgação/Cia. Cerne 

Rua Turmalina

O projeto “Turmalina 18-50” compreendeu várias ações que tiveram como intuito refazer os caminhos percorridos por João Cândido. Tendo como título o último endereço onde ele viveu (Rua Turmalina Lote 18 Quadra 50, na cidade de São João de Meriti, Rio de Janeiro), o espetáculo montado ao fim deste processo é uma forma de celebrar a história do Almirante Negro e combater o apagamento de sua memória, promovido sistematicamente pelos brasis oficiais. “A primeira mesa do projeto discutiu como a memória de João Cândido foi sendo, de forma intencional e sistemática, apagada de nossa história oficial ao longo dos anos. Abordou também as recentes tentativas de resgate histórico de sua figura e sua relação com São João de Meriti, cidade em que viveu, na Baixada Fluminense, região também alvo de preconceitos e esquecimentos”, acrescentou Baião.

Participaram das mesas de bate-papo o dramaturgo Rodrigo França, o superintendente de Igualdade Racial de São João de Meriti, Frei Tatá, o historiador Luiz Antônio Simas, a analista cultural do Sesi Rio, Júlia Santos, o pesquisador Álvaro Pereira Nascimento, entre outros debatedores.

Todo o material está disponível no canal da Cia Cerne no YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCMzAO-GtP34t97trDA4G0kw

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