Um levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro mostra que as tentativas de feminicídios nos meses de janeiro e fevereiro deste ano tiveram um aumento de 54,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 82 casos.
Os feminicídios consumados também registaram aumento de 25% em relação aos dois primeiros meses de 2023, quando forma anotados 16 feminicídios. Este ano, forma 20 feminicídios e é o maior registro para o período desde o ano de 2017, quando foi iniciada a série histórica.
O último registro é do assassinato de Michele Pinto, que teve o corpo incendiado na última segunda-feira (08), na estação de trem de Augusto Vasconcelos, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a família dela, o autor do crime é Edmilson Félix do Nascimento, de 44 anos, ex-marido de Michele, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele foi encontrado morto na Baía de Guanabara, na noite da última terça-feira (09).
Ao todo, nas últimas 36 horas, três mulheres foram encontradas mortas e, somente no mês de março, 819 pessoas foram presas por violência contra a mulher. Além disso, mais de 13 mil medidas protetivas de urgência foram solicitadas nas delegacias do Estado.
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Em todo o Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Civil conta com 14 delegacias especializadas no atendimento à mulher. No mês de janeiro, os feminicídios tiveram um aumento de 33% em comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados do Instituto de Segurança Pública, do governo do RJ.
