Na última quarta-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que estabelece mudanças para o Novo Ensino Médio. No texto votado, o estudante poderá optar entre carga horária com mais disciplinas tradicionais, ou com curso técnico, que possuem cargas horárias diferentes. O Notícia Preta conversou com a pedagoga Poliana Rocha sobre o assunto, que indicou que os jovens em vulnerabilidade social serão prejudicados.
“As famílias com mais condições terão um acesso à museus, escolas com dos melhores níveis, viagens e vão explorar melhor o ensino oferecido pelo novo ensino médio. Enquanto que um aluno em vulnerabilidade social terá que além de estudar, buscar uma vaga no mercado de trabalho pra ajudar a sua família” alertou a especialista.
No texto aprovado, algumas determinações, como a possibilidade de contratar profissionais com notório saber, sem formação em licenciatura, para disciplinas do itinerário técnico profissionalizante, permaneceram. Além disso, o número de aulas vai depender do que o aluno julgar mais adequado, mas o o novo PL estabelece uma carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica (somados os três anos) e 1.800 para a formação técnica, de forma escalonada.
Para a pedagoga, o aumento da carga horária pode ser benéfico dependendo da escolha do aluno. “Com aumento da carga horária e com a escolhas dos próprios itinerários os alunos, vai proporcionar um ganho no ensino, pois com eles mais tempo dentro das escolas tem um ganho para a preparação pro mercado de Trabalho“, disse Poliana
O texto ainda será encaminhado para análise no Senado. O relator do projeto de lei que revisa o novo ensino médio, deputado Mendonça Filho (União-PE), acompanhou a votação.
Os itinerários formativos terão carga mínima de 600 horas, com o aprofundamento das áreas de conhecimento, com ênfase em: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas; e formação técnica e profissional.
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