Nesta sexta-feira (16) o Ministério da Educação (MEC) lançou o ‘Fies Social’. O programa pode financiar em até 100% os cursos em faculdades privadas, para estudantes inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e que tenham renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo. A modalidade começa a valer a partir do segundo semestre de 2024.
Ainda não foi divulgado informações sobre o números de estudantes de baixa renda que poderão ser beneficiados pelo programa, mas dentro da iniciativa terão vagas reservadas para estudantes com deficiência e/ou autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Segundo o MEC, quanto menor a renda mensal da família, maior será a porcentagem de financiamento conquistada pelo estudante.
O novo modelo permitirá que grupos mais vulneráveis consigam financiar 100% da mensalidade da universidade e só precisem pagar após terminar o curso. A mudança retoma de maneira mais moderada empréstimos integrais dentro do programa, que desde 2016 não existia essa possibilidade.
A mudança veio após estudantes de baixa renda reclamarem da inviabilidade de pagar a parte não financiada da mensalidade. Os alunos alegavam que os valores nas universidades tendem a aumentar ao longo do curso e que, em graduações de formação integral, não tinham como trabalhar para pagar o valor restante.
Segundo o Mapa do Ensino Superior, publicado pelo Instituto Semesp em junho do ano passado, 55% dos alunos das faculdades do país desistiram de completar o curso superior, entre 2017 e 2021, e a nova iniciativa pretende diminuir os índices de desistência do ensino superior.
O programa só pode pagar até R$ 42,9 mil por semestre, ou até R$ 60 mil para estudantes de medicina. Caso o valor passe dessa quantia, o estudante terá de pagar mensalmente o excedente.
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