De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), o custo com terapias de transtorno do espectro autista (TEA) e transtornos globais de desenvolvimento (TGD) superou 9% do custo médico no ano de 2023. Isso se deve ao aumento na procura por esses tratamentos, e os planos de saúde pretendem alterar o rol de cobertura.
As empresas entendem que a nova regra da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determinou que pessoas com TEA e TGD tem direito a um número ilimitado de sessões de tratamento, de acordo com apuração do jornal Folha de São Paulo, é responsável pelo aumento. Empresas de diferentes portes relataram avanço dos gastos com terapias do tipo.
Em 2021, a ANS modificou o regulamento para que pessoas com TEA tenham o direito a um número ilimitado de sessões com psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos para tratamento de autismo na coberta dos planos. Em 2022 as medidas foram expandidas para atendimentos de pacientes com TGD.
Os atendimentos de psicologia subiram de R$28 milhões para quase R$35 milhões, já a terapia ocupacional subiu de R$3,3 milhões para R$4,7 milhões. De 2021 até 2022, o aumento de 74,4% no custo das terapias TEA e TGD, se deve ao número de diagnósticos, de acordo com a Abramge.
A ANS também determinou ajustes no rol de cobertura que liberou o número ilimitado de sessões para todos os usuários dos planos, com qualquer doença ou condição de saúde listada pela OMS. Outra área que teve aumento foi a fonoaudiologia, que saltou de R$8 milhões de sessões e consultas em 2021 para R$10 milhões em 2022.
Ainda de acordo com a ANS, vem ocorrendo aumento dos custo de saúde em geral, mas a agência não possui estudo específico sobre o montante de recursos destinados a atendimentos de beneficiários com TGD e afirma que não regula os valores de serviços e insumos do mercado.
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