O continente africano deve dobrar seu número de habitantes de 1,2 bilhão para 2,5 bilhões de pessoas até 2050, segundo projeção da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso significa que 25% dos moradores do planeta estarão no continente africano.
Esse crescimento populacional é consequência da alta fecundidade e da melhora nas taxas de mortalidade. Então, o continente abrigará ao menos 1 em cada 4 habitantes do planeta. Em 1950, sua população correspondia a 10% da população mundial.
A curva de crescimento populacional da África será duas vezes mais rápida que a registrada no sul da Ásia e quase 3 vezes mais do que a da América Latina.
Nos países mais ricos, as taxas de natalidade têm caído a cada ano. Mas na África, o nascimento de bebês vem crescendo exponencialmente.
Enquanto a população da Ásia terá multiplicado por quatro, no mesmo período, a da África terá multiplicado por dez. O resultado é o que o demógrafo Richard Cincotta chama de “juventude crônica”: 40% dos africanos são crianças com menos de 14 anos e na maioria dos países africanos a idade média é inferior a 20 anos.
Na maioria dos países africanos, pelo menos 70% dos moradores têm menos de 30 anos. Atualmente, a idade média na África é de 19 anos. É a menor entre os continentes.
Na Índia, país mais populoso do mundo, a média está em 28 anos. Nos Estados Unidos e na China, 38 anos.
Com a alta fecundidade sustentada na África oriental, ocidental e central, o continente contribuirá com 1,3 bilhão dos 2 bilhões de habitantes que comporão o aumento populacional que ocorrerá entre 2019 e 2050. Então, tanto a África oriental como a África ocidental terão populações maiores do que a da Europa.
