Pelo menos 10 mil pessoas estão desaparecidas em função das inundações que atingiram a parte oriental da Líbia, onde o número de mortos pela tragédia ainda é incerto.
“O balanço de vítimas da tempestade [Daniel] na Líbia é enorme. Confirmamos com nossas fontes de informação independentes que o número de desaparecidos chegou a 10 mil pessoas”, disse a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Até o momento, pelo menos 150 mortes foram constatadas, mas o premiê do governo que comanda o leste da Líbia, Osama Hamada, falou em “mais de 2 mil” vítimas, cifra não confirmada por serviços de emergência.
O país africano vive fragmentado desde a queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, e é palco de disputas entre milícias que se dividem entre dois governos: um com sede em Sirte, que comanda o leste da Líbia, e um gabinete de união nacional reconhecido pela ONU e com base na capital Trípoli.
A Itália, país que tem laços profundos com a Líbia, já enviou uma equipe avançada da Defesa Civil para ajudar nos resgates, segundo o ministro das Relações Exteriores Antonio Tajani.
Enquanto isso, a premiê Giorgia Meloni expressou “proximidade e solidariedade aos familiares das vítimas e ao povo líbio”.
Já o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, enviou “condolências da União Europeia ao povo líbio e disse que as imagens das inundações são “angustiantes”. “A UE está pronta para ajudar os afetados por essa calamidade”, acrescentou.
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