Em Nova York, negros e latinos são presos 10 vezes mais que brancos ao quebrarem o isolamento social

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Homem negro é imobilizado por policiais por romper o isolamento social em Nova Iorque – Foto: Reprodução/Twitter

Em razão da pandemia da Covid-19 (corona), as medidas de distanciamento social obrigatório em Nova York estão estabelecidas desde 22 de março deste. Com essas novas orientações vigentes, a força policial da cidade tem atuado no cumprimento destas leis, mas, de acordo com a denúncia do democrata Hakeem Jeffries, nesse tempo, a polícia nova-iorquina prendeu 10 vezes mais pessoas negras e latinas do que brancas por não respeitarem a ordem. 

Segundo Jeffries, representante do 8º distrito da cidade, que inclui bairros onde cerca de 70% da população é negra e latina, entre os dias 17 de março e 4 de abril foram detidas 40 pessoas. Nessas estatísticas, 35 são negros, quatro hispânicos e apenas um branco. 

Além destes números, das 120 prisões registradas em toda Nova York, no período de 16 de março a 5 de maio, por não respeitar a obrigatoriedade das medidas de distanciamento social, 68% são de pessoas com traços afrodescendentes, 24% de latinos e menos de 7% eram brancos. 

Uma imagem ganhou destaque na rede social Twitter, onde o professor e ativista Zellie denuncia e revela a mudança drástica da atuação e do comportamento das forças policiais de acordo com a etnia do indivíduo. De um lado, um policial imobiliza, de forma agressiva, uma pessoa negra colocando o joelho no seu pescoço. De outro, e no mesmo bairro, um agente distribui máscaras em um parque para pessoas brancas que estão descumprindo as medidas de distanciamento social obrigatório.


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