O delegado e superintendente da Polícia Federal (PF) do Espírito Santo, Eugenio Ricas, revelou que os nigerianos resgatados em compartimento no leme de um navio que aportou no litoral do estado, estavam muito debilitados por falta de alimentos e água. Os homens resgatados viajaram por cerca de 14 dias em alto mar, em um espaço úmido e apertado.
Em entrevista ao Fantástico do último domingo (16), Eugenio Ricas contou como foi parte do resgate. “Eles estavam muito debilitados em razão da falta de água, da falta de alimentos, mas não apresentavam nenhum tipo de doença aparente e foram encaminhados para um hotel, receberam alimentação e foram hidratados”, disse o delegado.
Ainda segundo a reportagem do Fantástico, no momento da abordagem de resgate, o agente da Policia Federal Rogério Lages se comunicou em inglês com os imigrantes, e identificou que eles não haviam comido nem bebido água. Os homens embarcaram no Porto de Lagos, na Nigéria, em um navio com bandeira da Libéria no dia 27 de junho, e chegaram no Espírito Santo no dia 10 de julho.
O agente também revelou as péssimas condições que se encontravam os nigerianos e ressaltou que “eles informaram que já estavam há pelo menos três dias sem água num local insalubre, úmido, frio, a noite, quente durante o dia. Eles poderiam também, eventualmente, cair daquela estrutura no meio do oceano, o que seria fatal”, afirmou.
Após serem resgatados os homens foram levados para um hotel onde se alimentaram e receberam cuidados, sob os cuidados da administradora do navio. Dois deles decidiram retornar a Nigéria e terão as despesas pagas pela seguradora do navio. Os outros dois chamados Mathew e Roman, seguiram para um abrigo na região de Serra, na Grande Vitória, e irão para o estado de São Paulo para serem recebidos por missionários da Igreja católica.
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