2024 será ainda mais quente que 2023, diz ONU

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O último ano foi marcado por altas temperaturas em todo o mundo. No Brasil de 2023, sensações térmicas que ultrapassaram os 50°C, secas extremas e incêndios florestais foram registrados em todas as regiões do país. Mas de acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), ligada à ONU, 2024 pode ser pior.

Segundo o documento, neste novo ano as altas temperaturas devem continuar por conta do fenômeno El Niño, que é o aquecimento da parte leste da superfície do oceano Pacífico, próximo à costa da América do Sul, e que deve continuar agindo até abril de 2024.

Além disso, as altas temperaturas devem permanecer por consequência das altas temperaturas marinhas, que costumam ser mais intensas após o fenômeno atingir o pico. De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, o pico começou em novembro de 2023, e e deve seguir até janeiro de 2024.

Depois de temperaturas e sensações térmicas que ultrapassaram os 50°C, 2024 deve ser ainda pior /Foto: Tânia Rêgo – Agência Brasil

O WMO afirma que os dados de 2023 registrados até outubro, mostram que a média da temperatura global no ano está 1,4° acima das médias marcadas de 1850 até 1900. Além disso, a diferença de temperatura entre 2023 e os anos de 2016 e 2020 – que já foram considerados os anos mais quentes já registrados – é tanta, que o ano que passou já pode ser considerado o ano mais quente, até então.

Este ano vimos comunidades em todo o mundo atingidas por incêndios, inundações e temperaturas avassaladoras. O calor global recorde deve causar arrepios na espinha dos líderes mundiais“, disse o secretário-geral das ONU, António Guterres.

Mas a expectativa continua de que 2024, seja ainda mais.

Os níveis de gases de efeito estufa são recordes. As temperaturas globais são recordes. A alta do nível do mar é recorde. O derretimento do gelo marinho da Antártica está em nível recorde. É uma cacofonia ensurdecedora de recordes quebrados“, disse o secretário-geral da WMO, Petteri Taalas.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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