Segundo um estudo divulgado pelo Greenpeace Brasil nesta segunda-feira (11), o garimpo ilegal devastou por dia, em 2023, uma área equivalente a quatro campos de futebol. A área invadida faz parte das terras indígenas Yanomami, Kayapó e Munduruku, localizadas nos estados do Pará e Roraima, ambos na região norte do Brasil.
A organização afirma, no levantramento inédito, que no último ano 1.410 hectares nas Terras Indígenas (TIs), foram devastados. Os terrritórios afetados e citados pela pesquisa também são os que mais sofrem com o garimpo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), os territórios Yanomami, Kayapó e Munduruku concentram 95% da mineração ilegal em terras indígenas.
“Cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida. Precisamos, pra já, de uma Amazônia livre de garimpo”, diz o porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas.
Os dados foram coletados a partir de imagens de satélite, e no total, até o momento, a organização aponta que o garimpo ilegal já devastou mais de 26 mil hectares dos territórios demarcadados desses povos, o que equivale a uma área maior do que a cidade do Recife (PE).
“Importante frisar que todo garimpo em território indígena é ilegal no Brasil, já que a mineração nesses territórios é proibida por lei“, aponta Greenpeace.
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