O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, aponta relatório da ONU

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Relatório da agência meteorológica Organização das Nações Unidas (ONU) revelou dados preocupantes sobre o meio ambiente, em 2023. De acordo com os indicadores, o último ano foi o mais quente já registrado, com a temperatura média global próxima à superfície a 1,45°C, com uma margem de ± 0,12°C, acima da linha de base pré-industrial.

A agência meteorológica da organização aponta que um terço do oceano global foi atingido por uma onda de calor, o que prejudicou ecossistemas vitais e sistemas alimentares. Além disso, mais 90% do oceano em algum momento do ano, passou por onda de calor. O que, segundo a ONU, mostra como os indicadores de mudanças climáticas chegaram a níveis altos, em 2023.

Outra consequência negativa é que o conjunto global de geleiras de referência sofreu a maior perda de gelo registrada desde 1950. A perda foi impulsionada por derretimento das geleiras no oeste da América do Norte, e na Europa. Também houve redução da extensão máxima de gelo marinho na Antártida, que foi 1 milhão de km2 abaixo do recorde anterior.

Na Avenida Presidente Vargas, com a igreja da Candelária ao fundo, termômetro registra onda de calor que atinge a cidade
Termômetro marcando 41°C, no Rio de Janeiro / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

Em mensagem sobre o lançamento do relatório, o secretário-geral da ONU, António Guterres alertou que “as sirenes estão soando em todos os principais indicadores”, disse ele.

A insegurança alimentar mais que dobrou. Antes ada pandemia da Covid-19 havia cerca de 149 milhões em insegurança alimentar, e em 2023 o número subiu para 333 milhões de pessoas nesta situação. Os números são do Programa Mundial de Alimentos que monitorou 78 países. Apesar dos extremos climáticos não serem os principais responsáveis pela alta dos alimentos, é um fator agravante da situação.

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Os eventos climáticos extremos de 2023, também aparecem no relatório. Um deles é o ciclone tropical Freddy, considerado um dos principais eventos desse tipo, no último ano. O ciclone ocorreu em fevereiro e março, e os países mais atingidos foram Maláui e Moçambique, que sofreram com inundações em decorrência das chuvas. O Maláui registrou 679 mortes e 659 mil deslocamentos internos, já Moçambique registrou 165 mortos.

O Brasil entrou no relatório da ONU por ter sofrido com secas, quando o Rio Negro em Manaus, por exemplo, chegou a atingir o nível mais baixo já registrado, em outubro do ano passado.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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