Ao atingir 13,59 metros, Rio Negro tem a pior seca da história de Manaus

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Depois do Rio Negro /Foto: William Duarte/Rede Amazônica

Com o período de seca histórico que atinge Manaus, capital do Amazonas, o Rio Negro atingiu a marca de 13,59 metros nesta segunda-feira (16), considerada a pior da história da cidade, em 121 anos. Os dados são do Porto de Manaus, responsável por monitorar a subida e descida das águas da capital.

De acordo com o porto, as águas do Rio Negro continuam diminuindo em média, 13 centímetros por dia. A queda constante do nível do rio que é a principal fonte de abastecimento de água da cidade, afeta a comunidade ao interromper o acesso a escola, prejudicar o trabalho relacionado ao rio como a pesca e o transporte da produção e o acesso à saúde.

Em todo o estado, mais de 392 mil pessoas em 51 das 62 cidades são prejudicadas, de acordo com o governo estadual, que também afirma que 800 comunidades em unidades de conservação estão completamente inacessíveis por terra e rios.

Além da seca dos rios, que também afeta a fauna e a flora da região, centenas de focos de queimadas são registrados. Na última semana, Manaus ficou entre as cidades com a pior qualidade do ar do mundo, por conta da fumaça das queimadas na capital.

A população local enfrenta também doenças, tanto por conta da falta de água e acesso a alimentos, como por conta do nível de poluiçaõ do ar.

Leia também: Manaus fica entre as cidades com a pior qualidade do ar no mundo com fumaça de queimadas

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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