Violência contra médicos sobe 68% em dez anos no Brasil

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Profissionais relatam agressões físicas e verbais dentro de unidades de saúde. - Foto: Pexels

A violência contra profissionais da saúde no Brasil atingiu níveis alarmantes. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), os casos de agressão contra médicos aumentaram 68% na última década, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) obtido pelo g1. Somente em 2024, foram registrados 4.562 boletins de ocorrência por violência, o maior número da série histórica. Isso equivale a 12 médicos agredidos por dia no país.

Os dados reforçam uma tendência crescente de ataques verbais, físicos e psicológicos em hospitais, unidades de saúde e prontos-socorros. A maioria dos casos ocorre durante o expediente, muitas vezes diante de situações de estresse, superlotação ou frustração dos pacientes e seus familiares.

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Profissionais relatam agressões físicas e verbais dentro de unidades de saúde. – Foto: Pexels

Mas os médicos não são os únicos alvos. Profissionais da enfermagem também sofrem agressões frequentes. Uma pesquisa realizada em 2023 pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) revelou que 80% dos enfermeiros e técnicos de enfermagem no estado já foram vítimas de violência no ambiente de trabalho. No Distrito Federal, o cenário é ainda mais grave: outro estudo aponta que 82,7% desses profissionais já sofreram agressões físicas durante o exercício da profissão.

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Entidades da saúde têm cobrado políticas públicas para proteger esses trabalhadores, como a criação de protocolos de segurança em unidades de atendimento e campanhas de conscientização. Profissionais relatam medo, adoecimento mental e desejo de deixar a profissão diante da constante ameaça.

O cenário revela não apenas uma crise na segurança dos trabalhadores da saúde, mas também a precarização das condições de trabalho e o esgotamento dos sistemas públicos. Especialistas destacam que proteger quem cuida da população é uma questão de urgência e de humanidade.

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