Em protesto pela morte de Herus Guimarães, João manifestou seu repúdio e relatou que a Polícia já havia ido na festa junina do ano passado. “Vieram completar o que não conseguiram no ano passado”, disse ele que era amigo de Herus, assassinado na última sexta, no Santo Amaro, no bairro do Catete, no Rio. O protesto ocorreu no último domingo (08).
“Não é de hoje, não. Todo mundo que está ligado aqui, quem é morador do Santo Amaro, sabe. Quem dança quadrilha do Santo Amaro sabe, ano passado a dança na frente do caveirão estacionado lá”, afirmou dizendo que as pessoas se esqueceram devido ao impacto psicológico causado, mas que ele se lembra de ocorrido e que o marcou, e inclusive a entrevista das quadrilhas juninas foi em frente ao caveirão.
“Esse ano eles vieram completar o que não conseguiram no ano passado…Ano passado foi a mesma coisa, só não tiraram a vida de ninguém. Mas tava lá… E esse ano eles vieram e fizeram. Tirou a vida de um moleque. Sem palavras pra todo mundo aqui, sem palavras. Nunca traficou, nunca meteu a mão em nada assim”, lamentou.

Durante a manifestação, Monica Guimarães Mendes, mãe de Herus também falou, agradeceu aos que compareceram pela solidariedade e contou que minutos antes do ocorrido a quadrilha junina fazia uma oração pedindo paz. Ela questionou o fato dos policiais não perceberem que havia festa junina já que havia jovens em grande número com fantasias brilhosas. Herus havia ido comprar um lanche na padaria no momento fatídico. Após ser alvejado ela conta que a polícia arrastou o rapaz e não deixou ninguém chegar perto.
“Ele arrastou o corpo do meu filho pela escada! Jogou o corpo do meu filho e gritou que meu filho era vigia. Botou uma grade pra ninguém socorrer o meu filho. Eu gritei tanto, eu pedi tanto socorro…Jogaram bomba e eu gritei pra todo mundo: cadê o Herus? Cadê o Herus? O Herus sempre me atende, gente… ele nunca desligou o telefone, ele nunca deixou me responder. Mas o Herus já estava morto”, disse.
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