A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) decidiu pela exclusão dos quadros da instituição dos sete acadêmicos do curso de Agronomia denunciados pela prática de racismo em grupos de mensagens. O inquérito disciplinar, instaurado em setembro contra os alunos, foi concluído nesta quinta-feira (22) e garantiu aos denunciados o princípio do contraditório e da ampla defesa.
A conclusão da comissão julgadora será encaminhada ao Ministério Público do Paraná, que investiga o caso desde que foi acionado pela instituição, imediatamente após o recebimento da denúncia, em 22 de agosto de 2022.
A UEPG ressalta que atua para evitar que casos como este se repitam. Desde 2019, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) mantém ativa a campanha “UEPG está de olho”, iniciativa que atua contra todas as formas de assédio e discriminação na instituição.
Alunos enviaram mensagens racistas
Ainda em setembro, alguns acadêmicos do curso de agronomia criaram um grupo no WhatsApp, que tinha o objetivo de recepcionar os calouros que haviam acabado de ser aprovados nos processos seletivos da instituição. Durante um momento “descontraído” entre os veteranos, começou a ser compartilhado diversas mensagens de cunho racismo, homofônico e nazista.
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Com a situação, alguns alunos ficaram revoltados e resolveram protocolar uma denúncia, no dia 22 de agosto, junto a Pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG. Já no dia seguinte a Prae abriu um processo na Ouvidoria da Instituição, que posteriormente foi encaminhado ao Ministério Público do Estado.
A reportagem do Notícia Preta tentou contato com a defesa dos alunos expulsos da instituição, mas até o fechamento desta matéria não havia recebido resposta.
*Matéria publicada originalmente em Jornal Colabore e replicada com autorização dos responsáveis