A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Africana (UA) manifestaram grande preocupação e pediram medidas urgentes para combater a tuberculose em crianças na África nesta quarta-feira (24).
Outro dado que preocupa as organizações é a quantidade de dois terço de infecções por tuberculose na África em crianças com menos de 15 anos que não são diagnosticadas. Através de um comunicado conjunto, a OMS e UA afirmaram que esta realidade se deve ao desafio de recolher amostra para o diagnóstico e complementaram que “crianças e jovens adolescentes muitas vezes têm acesso a serviços de saúde em estabelecimentos onde a capacidade de diagnosticar esta doença é limitada”.
As organizações solicitaram dos países do continente africano o aumento no financiamento para a prevenção e controle da doença, assim como recursos técnicos e humanos. A estimativa da OMS é que pelo menos 1,3 milhão de Dólares/Euros devem ser gastos anualmente pelo continente africano para o controle da tuberculose. Atualmente, o valor gasto é apenas 22% deste percentual recomendado.
“A epidemia de tuberculose em crianças na África tem ocorrido na sombra e tem sido amplamente ignorada até agora. Esperamos que este apelo galvanize a ação e garanta que nenhuma criança em África morra de uma doença que em muitas partes do mundo pertence agora ao passado“, disse Matshidiso Moeti, diretora da OMS em África.
Estimativa da OMS aponta que, em 2019, foram 2,5 milhões de casos de tuberculose no continente africano, o que representa 25% do percentual mundial. A doença pode ser evitada e tratada através de medicamentos. Segundo a OMS, a tuberculose é a 13º causa de morte e a doença infecciosa que mais mata, depois da Covid-19.
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