A bancada do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teve pela primeira vez, duas mulheres negras, em uma mesma sessão plenária, com as ministras substitutas Edilene Lôbo e Vera Lúcia Santana Araujo. A sessão, que aconteceu nesta quinta-feira (09), contou com a maioria de mulheres. Foram 4 mulheres e 3 homens, na data considerada “histórica” pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que abriu com este discurso.
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A ministra do STF, Cármen Lúcia, que é vice-presidente do TSE e a integrante do Superior Tribunal de Justiça, Isabel Galloti, compuseram a bancada junto a Edilene e Vera Lúcia, formando maioria feminina na sessão que também contou com os magistrados Alexandre de Moraes, Raul Araújo e Nunes Marques. Esta é a quarta vez que o TSE conta com uma sessão com maioria feminina.
Primeira ministra negra a assumir uma cadeira no TSE em setembro de 2023 Edilene Lôbo, destacou o momento histórico. “A bancada de julgamento de hoje realça que é crucial a superação da desigualdade de gênero e de raça nos espaços decisórios no Brasil. Vejo que uma sociedade assentada na desigualdade não tem um futuro próspero”, disse a ministra.
“Hoje, 9 de maio de 2024, temos uma sessão histórica na Justiça Eleitoral. Pela quarta vez, temos quatro mulheres e três homens nesta bancada. Além disso, temos pela primeira vez na história do Tribunal Superior Eleitoral duas ministras negras”, saudou o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes
A ministra Isabel Gallotti entende que quando a sociedade for mais igualitária, uma bancada com maioria feminina “não será mais notícia, como é hoje”, afirmou. Futura presidente do TSE, Cármen Lúcia acredita que as mulheres são desestimuladas pelo discurso de ódio. Para ela é preciso diferencias o discurso de ódio contra o homem e contra a mulher.
“É totalmente diferente. O discurso de ódio contra a mulher é sexista, machista, preconceituoso, misógino e não atinge só a mulher, atinge todas as mulheres, atinge a família”, explicou a ministra Cármen Lúcia.
A segunda ministra negra do TSE, Vera Lúcia Santana Araújo, acredita que a sessão de hoje renova o compromisso do Brasil com a democracia.
“O registro dessa sessão histórica há de renovar os compromissos com a cidadania e com a promoção da dignidade da pessoa humana como pressupostos garantidores de que sejamos, efetivamente, um Estado Democrático de Direito”, afirmou.
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