Após ofender o deputado afro-americano Elijah Cummings e dizer que o distrito de Baltimore, onde 53% da população é negra, era “nojento e infestado por ratos e roedores”, foia a vez do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insultar o pastor e ativista dos direitos civis americano Al Sharpton.
“Al é um golpista, um agitador”, disse Trump no Twitter, após um tuíte do religioso, anunciando sua intenção de viajar para Baltimore. Ele odeia os brancos e os policiais!”, acrescentou o presidente americano sobre Sharpton, que foi pré-candidato à corrida presidencial pelo Partido Democrata em 2004.
O reverendo Sharpton respondeu que o presidente “ataca a cidade do modo mais preconceituoso e racista possível” e que o presidente “destila um veneno particular contra negros e pessoas que não são brancas”.
“Eu conheço Donald Trump, ele não é maduro o suficiente para receber críticas, ele não consegue. Ele é como uma criança. Alguém diz algo, ele reage. Ele tem nervos frágeis e não amadureceu muito bem. Mas ele destila um veneno particular contra negros e pessoas que não são brancas. Ele não se refere a nenhum de seus outros oponentes ou críticos como “infestado”. Ele não ataca seus distritos”, respondeu Al Sharpton.
Baltimore é uma cidade portuária com 600 mil habitantes. Apesar da presente desigualdade social, com bairros ricos e também outros extremamente pobres, o distrito possui renda média superior à dos Estados. Apesar de ter uma das taxas de homicídios mais altas dos EUA, Baltimore conta com importantes referências para os norte americanos. O Hospital Johns Hopkins é um dos mais importantes dos EUA, porto Inner Harbor, hoje importante centro turístico, e o Forte McHenry, cenário de batalha que inspirou Francis Scott Key a escrever o poema “The Star-Spangled Banner” — o hino nacional americano.