Na manhã desta sexta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apresensão, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação gerou piadas nas redes sociais, os chamados “memes”.
A reação nas redes sociais foi imediata. No X (antigo Twitter), usuários comentaram o timing da operação da Polícia Federal como um “presente de fim de semana” para o público. Um dos posts ironizava a ação ao afirmar que “a Polícia Federal ama tanto o brasileiro que foi bater na porta de Bolsonaro numa sexta-feira”.
A figura de Moraes também ganhou espaço nas redes, com parte dos usuários tratando seus despachos com humor, mas reconhecendo o avanço institucional nas ações contra setores da extrema direita. Mesmo fora da presidência, Bolsonaro segue mobilizando sua base por meio de transmissões ao vivo. Agora, com tornozeleira, o cenário político ganha novos contornos.

A operação foi autorizada no contexto da investigação que apura fraudes em documentos, articulações antidemocráticas e manipulação de setores militares e civis para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. A medida judicial marca uma nova escalada no cerco ao ex-presidente, que já é réu em outras frentes e figura central nas investigações.
As medidas cautelares impostas têm como objetivo impedir interferências nas investigações e evitar eventual fuga do país. O episódio é mais um capítulo de uma crise que teve início durante os quatro anos de ataques à ordem democrática.
As reações, embora marcadas pelo humor, evidenciam a carga simbólica do episódio. Para parte da população, o uso da tornozeleira eletrônica representa não apenas o avanço de investigações em curso, mas também um sinal de que figuras do alto escalão político podem, eventualmente, ser responsabilizadas.
A operação reforça o protagonismo do STF e da Polícia Federal em ações que envolvem ex-integrantes do governo e alimenta, nas redes, a disputa narrativa sobre justiça, impunidade e imagem pública.
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