Está marcado para a tarde desta quarta-feira (02), uma audiência no no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que ouvirá as testemunhas de acusação da morte de Thiago Flausino Menezes, que morreu aos 13 anos, atingido por uma bala quando estava na garupa de uma moto e ocorria uma operação policial na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Quatro policiais respondem como réus a justiça pelo crime.
Thiaguinho, como era conhecido, morreu no dia 7 de agosto do ano passado, era jogador de futsal e não tinha ficha criminal, o assassinato marcou a cidade e a comunidade nos dias a seguir, que teve muitos protestos. Hoje a família do menino, marcou um ato para as 13h, na porta do tribunal onde ocorrerá audiência.
Os policiais militares: Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos estão presos preventivamente, eles foram denunciados por fraude processual por terem omitido a verdade nos depoimentos dados na delegacia inicialmente.
Segundo a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Roni Cordeiro de Lima, Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria e Silvio Gomes dos Santos, do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio, colocaram uma pistola Glock e munição ao lado do menino de 13 anos após matá-lo, com o intuito de simular um confronto armado. O MP também destaca que as condutas dos PMs foram praticadas no contexto de uma operação policial ilegal.
A mãe de Thiago, Priscila Menezes, comemorou a prisão dos policias a época. “Deus é fiel. Um pouco depois que eu postei o vídeo falando sobre 9 meses sem Thiago recebi um telefonema do defensor público me informando da prisão dos assassinos do meu filho. A esperança está me fazendo ser forte“, escreveu a mãe em suas redes sociais, logo depois de postar um desabafo pedindo justiça.
Leia mais notícias aqui: Evento da Fundação Lemann em Salvador (BA) abordou experiências e oportunidades de pós-graduação no exterior para pessoas negras e indígenas