O Terreiro “Casa de Xangô”, localizado em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, foi atacado no último domingo (1°) durante a virada para o Ano Novo. O suspeito de 25 anos arrombou o trinco do terreiro de candomblé e jogou imagens dos orixás, alimentos, objetos de barro e as prateleiras de vidro da geladeira no chão. As roupas de santo também foram rasgadas.
O jovem identificado como Renan Neres Lima, foi identificado por ter deixado cair os documentos no chão do terreiro durante a invasão. Ele confessou o crime à Polícia Civil da Bahia que registrou o caso como um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) quando a ação é caracterizada como uma infração de menor potencial ofensivo. Lima foi ouvido e liberado.
A família da mãe de santo Simone Souza Oliveira, contudo, considera o ataque como um crime de intolerância religiosa que dentro do código penal brasileiro prevê detenção de uma a três anos de prisão. É um crime considerado inafiançável e imprescritível.
“Só mexeram na casa de candomblé, não mexeram em nossa casa de morada. Destruiu tudo, acabou com tudo e ainda é filho de um pastor. O que mais revolta a gente, é que essa pessoa foi levada para a delegacia, confessou o crime e não foi punida”, contou Pai Lucas, também da Casa de Xangô em Vitória da Conquista (BA), ao jornal Correio.
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A equipe do Notícia Preta entrou em contato com a Polícia Civil da Bahia questionando sobre como o caso é investigado e o que foi registrado até o momento e até o fechamento desta matéria não foi respondido.
Denúncias de crimes de intolerância religiosa podem ser registradas ainda pelo Disque 100 do Governo Federal.
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