Operação do Governo Federal destruiu um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico ao garimpo ilegal até o início da noite de terça-feira (7). A força-tarefa que atua na Terra Yanomami, apreendeu também duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.
A operação teve início na segunda-feira (6) com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Em Altamira, Pará, Ibama e Policia Federal já haviam destruído maquinas de garimpo, no último sábado (4).
Em nota o Ibama disse sobre objetivo da operação “inviabilizar linhas de suprimento e rotas que abastecem e escoam a produção do garimpo, além de garantir a permanência das equipes de fiscalização por prazo indeterminado”. O governo também informou que o trator destruído, estava sendo usado pelos garimpeiros para abrir “ramais” na floresta.
Uma base de controle foi instalada pelos órgãos governamentais no rio Uraricoera (RR) para impedir o fluxo de suprimentos para os garimpos. As entidades afirmam que todos os suprimentos, veículos e objetos vão ser revertidos para as próprias bases de controle.
As organizações também disseram, “nenhuma embarcação com carregamento de combustível e equipamentos será autorizada a seguir daquele ponto de bloqueio em direção aos garimpos”.
A fiscalização aérea está sendo realizada pelo Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama, e monitora as pistas de pouso clandestinas na região. “Sobrevoos para identificar e destruir a infraestrutura do garimpo, como aviões, helicópteros, motores e instalações, serão mantidos”, diz trecho da nota.
O Ibama também fiscaliza distribuidoras e revendedoras que promovem o comércio irregular de combustível de aviação para abastecer os garimpeiros. As ações foram acompanhadas pela Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União (AGU).
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O povo Yanomami passa por emergência de saúde pública devido a ação ilegal do garimpo. Indígenas passam por desnutrição grave e malária. O estado de emergência foi decretado no dia 20 de janeiro, para que o governo federal tome as medidas necessárias para contenção da crise.
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