Nessa quarta- feira (19) o Supremo Tribunal Federal formou a maioria para manter os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento da denúncia contra Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe. Os três ministros então passam a integrar a Primeira Turma do Supremo, que na próxima terça-feira (25) se reunirá para analisar a acusação da Procuradoria – Geral da República contra o chamado núcleo da organização criminosa, que seria formada por Bolsonaro e sete aliados.
Com a decisão, a análise da acusação da PGR vai permanecer na Primeira Turma da Corte. O que contraria o pedido da defesa de Bolsonaro, que defendia que a denúncia fosse julgada pelo plenário do Supremo, composto por todos os 11 ministros, e não pela Primeira Turma, que tem apenas cinco ministros.
Outro pedido feito pela defesa do ex-presidente foi o impedimento da presença dos ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino no julgamento, alegando que os ministros do STF já processaram Jair Bolsonaro no passado.

Os advogados do General Braga Netto que também está sendo denunciado, pediu a retirada do ministro Alexandre de Moraes da relatoria das investigações, já que segundo a PGR, Moraes seria uma das vítimas na trama golpista.
A defesa do general Mario Fernandes solicitou o impedimento do ministro Flavio Dino, alegando que Dino no dia do golpe, 8 de janeiro, ocupava o cargo de Ministro da Justiça.
Todos os pedidos feitos pelas defesas foram analisados pelos ministros do STF e negados.
Como os ministros votaram aos pedidos da defesa:
Votaram pela rejeição do impedimento de Dino os ministros: Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia.
Votaram pela rejeição do impedimento de Zanin os ministros: Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia
Votaram pela rejeição da suspeição de Moraes os ministros: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin , Flávio Dino, Dias Toffoli, Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia
Vale lembrar que os ministros que são alvos dos questionamentos não analisam os recursos contra eles, somente os relacionados aos colegas.
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