STF arquiva investigação contra Bolsonaro por fraude em cartão de vacina

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Nesta sexta-feira (28), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou a investigação contra o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), sobre fraudes em cartões de vacinação contra a Covid-19. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e foi tomada na mesma semana em que Bolsonaro se tornou o primeiro ex-presidente réu por atentar contra a democracia.

O pedido da PGR pelo arquivamento foi feito por entender que há “ausência de elementos que justifiquem a responsabilização de Bolsonaro“. De acordo com o procurador-geral, Paulo Gonet, a acusação contra o ex-presidente estava baseada apenas no depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, delator da trama golpista e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Segundo a PGR, Cid informou em sua delação, que a ordem para falsificação foi dada pelo então presidente. A investigações sobre os cartões de vacina começou em 2022.

A legislação proíbe o recebimento de denúncia que se fundamente somente nas declarações do colaborador, exigindo-se, consequentemente, que seu oferecimento esteja embasado em provas autônomas e independente, além de informações surgidas a partir da colaboração devidamente ratificadas por outras provas”, justificou o Moraes, ao decidir pelo arquivamento.

A decisão de Moraes, tomada na Petição (Pet) 10405, também arquiva a apuração contra o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), também com relação a fraude de cartão de vacina da covid.19.

O arquivamento acontece na mesma semana em que Bolsonaro se tornou réu por golpe de estado, após o STF formar maioria. Outras 7 pessoas aliadas do ex-presidente também se tornaram réus.

Leia também: STF forma maioria para tornar Bolsonaro réu por tentativa de Golpe de Estado

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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